segunda-feira, 29 de março de 2010


A garota sentou-se numa cadeira em frente à um parque velho e abandonado. Tarde da noite. Estava voltando de um barzinho, como sempre fazia. Mas dessa vez, ao invés de arrancar seu carro acabado e voltar cambaleando para casa, ela parou e resolveu ficar sentada ali por alguns instantes. Sentia-se como se nunca mais fosse se encaixar de novo. É, ela estava completamente perdida. Desnorteada. Presa dentro do labirinto que ela mesmo criou. Acendeu um cigarro e o tragou, se perguntando porque ninguém passava naquela rua. Reparou nos brinquedos que haviam na sua frente, nenhum devia funcionar. Mas sentiu uma vontade enorme de correr até lá e entrar em algum que girasse, girasse, girasse até ela não conseguir mais enxergar o que tinha na sua frente. Só para deixar a mente vazia...calma. Respirou fundo e jogou o cigarro no chão. Olhou para o céu nublado. Iria chover. Nem se importou. Ela já estava vivendo uma tempestade há muito tempo.

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